sábado, 31 de janeiro de 2009

QUERO-TE!!




Quero-te!!

Muito!!

Imenso!!

De uma forma insana!!

A mera recordação de ti,

Faz o meu mundo tremer...

A boca seca com um deserto ante o calor do desejo...

As pernas tremem e vacilam...

O sangue ferve nas veias...

A respiração acelera desenfreada...


Quero-te!!

Sem duvida alguma!!

Quero o calor do teu corpo bem junto ao meu...

Quero sentir as tuas mãos a passear na minha pele...

Quero sentir a tua respiração na minha orelha,

Enquanto me dizes que também me desejas...


Quero-te!!

Mais e mais!!

Até saciar esta minha fome de ti...

Quero sentir-te pulsar dentro de mim,

Numa loucura sem llimites...

Até que, por entre os espasmos de prazer,

Desfaleça nos teus braços...


Quero-te!!

Desejo-te!!

De uma forma animal, irracional, fisica...

Quero-te!!

Mas não te amo... apenas te desejo como a um doce proibido!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

TU




Chegas de mansinho...

Sem avisar...

Beijas-me o pescoço...

Sabes o que isso faz, não sabes?

Abraças-me assim...

Por trás...

Não deixando espaço...

Fazendo-me sentir o teu corpo,

O volume do teu desejo...

Saber-te assim sedento de mim,

Excita-me...

A tua respiração na minha nuca

Acelera o bater do meu coração...

Volto-me...

Para descobrir de novo

O gosto dos teus lábios...

Que feitiço nos torna assim,

Tão eternamente sedentos

Um do outro?

Na urgência do momento,

Elevas-me...

E, como duas peças de puzzle

Que se encaixam e completam,

Tornas-me tua...

Á descoberta de mim




Hoje descobri que sou forte!

Que sobrevivo... mesmo quando julgo que não!

Descobri que as lágrimas dóiem,

Mas não me diluem...

Descobri que a solidão aperta,

Mas não me esmaga...

Descobri que os amigos são presentes,

Mas cada um tem a sua realidade...

Descobri que a traição fere,

Mas não é fatal...

Descobri que quando a alma sofre,

O corpo mantém-se firme...

Descobri que mesmo com o peso do mundo,

Eu ainda me consigo erguer...

Descobri que com tanta gente,

Eu ainda me sinto só...

Mas continuo...

De cabeça erguida...

Olhar em frente...

Perdido algures num ponto do horizonte longínquo...

Um passo de cada vez...

Por esse caminho tortuoso...

Sempre devagar....

Sempre á descoberta...

Sempre forte!

Memórias de um dia...




Vezes sem conta viajo nas memórias...

Até a esse quarto...

Com vista para o mar, lembras-te?

Nesse quarto onde os nossos desejos se saciaram...

Onde a fome que sinto por ti,

Foi amenizada...

Onde os nossos corpos se conheceram,

Se amaram...

Onde a minha memória irá sempre...

De mansinho...

Recordar o teu cheiro...

O teu gosto...

De olhos semi-cerrados consigo ver-te lá...

Consigo sentir os meus dedos

A deslizar pelo teu cabelo....

Bem devagar...

Fixar os teus olhos e perder-me neles...

Beijar-te nos lábios...

Primeiro bem de leve...

Quase sem os tocar...

Ver-te sedento por mais...

Ou serei eu que assim o desejo?

De vez em quando,

Quando o mundo dorme,

Nessa hora que as almas são livres,

Viajo pelas minhas memórias...

E lá te encontro...

Naquela cama...

Naquele quarto...

Que não tinha vista para o mar,

Mas para a imensidão do prazer.

EU




Sou com sou...

Com defeitos e qualidades...

Com amigos e inimigos...

Sou eu!

O que vês é o que sou...

Nem mais nem menos

Sem mentiras...

Sem jogos!

Sou amiga do meu amigo

E adversária do meu inimigo...

Não me provoques... não tenho bom génio!

Não corro atrás do que quer que seja...

Se queres estar comigo, estarei lá!

Não me peças o mundo,

Pois não tenho poderes mágicos...

Mas tenho dois ombros para te amparar

E dois braços para te abraçar...

Sempre que precises...

Sou a voz que te diz que tudo vai correr bem

E o porto de abrigo para quando tudo corre mal...

Não me queiras mudar...

Porque sou assim...

Não forço presença,

Nem me afasto...

Estou sempre no mesmo lugar...

No meu lugar...

Para que tu me encontres

Sempre que me queiras falar...

Sou assim, não mudo...

Sou pedra polida pelo vento

Mas que continua a ser pedra...

Sou a árvore que balança na tempestade

Mas que continua a ser árvore...

Sou eu!

Sou assim!!!

Não me mudes nem tentes!!

Sou eu...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Vou sonhar-te...




Esta noite,

Quando fechar os olhos,

E o doce torpor do sono me envolver,

Vou sonhar-te...

Vou ver-te a caminhar,

Por entre as ondas do mar,

Com esse teu andar gingão,

De quem não está nem aí para o mundo...

Vou ver-te com o teu balanço suave

Que embala os meus olhos

Num doce hipnotismo

Que me faz sonhar...

Que me faz sorrir...

Que me faz esquecer onde estou...

Esta noite,

Quando me enroscar em mim,

Na minha cama solitária,

Vou sonhar-te...

Vou ver-te chegar meigo e carinhoso,

Vou querer perder-me em ti,

Nos teus braços,

Nos teus lábios,

Doces de mel perfumado com as mais belas flores da serra...

Esta noite,

Quando o silêncio da escuridão,

Aplacar as dores da realidade,

Vou sonhar-te...

Vou ouvir-te num sussurro,

Como se o mar murmurasse

Palavras de desejo

Á praia que beija a cada onda...

Vou sentir-te,

Suave como uma brisa quente,

Roçar por mim...

Esta noite,

Que eu não quero que acabe,

Vou sonhar-te e desejar-te...

Vou beijar-te e sentir-te...

Vou perder-me e achar-me em ti...

Vou viver paixão...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Tristeza




Afogo-me num mar negro...

Negro de dor,

Negro de lágrimas...

Onde as feridas,

Que nunca sarei,

Sangram sem cessar...

A dor cada vez mais forte...

Mais intensa...

Impede-me de respirar...

Sinto-me que me afogo

Nesta escuridão...

Procuro em vão

A minha bóia de salvação

A tua mão estendida,

Em outros tempos...

Agora... não está mais aqui...

Tento desesperadamente sair desta inércia,

Deste entrave de sorrisos

Desta dor infinita

Dessas feridas passadas

Que teimam em não se deixarem esquecer!

Afogo-me...

Não chores!

Aqui tudo é calmo... sem ruído!

Não há dor!

Não há riso!

Não há nada...

Só escuridão!