sábado, 25 de abril de 2009

Fugir de ti...




O que nos aconteceu?
Não sabes?
Eu também não sabia...
Desconfiava, mas sem certeza...
Não! Não deixei de te querer!
Ainda te quero!
E muito... mesmo muito!
És o fogo no qual me aqueço,
Mas que me pode queimar...
És o mar que me refresca,
Mas que no qual me posso afogar...
És a selva que me fascina
E na qual me posso perder de vez...
És a chuva que me acaricia,
Mas que pode arrasar com tudo o que tenho...
Por isso, fugi...
Construi novas muralhas á minha volta...
Novos fossos intransponíveis...
Desejo-te e receio-te!
Como poderia manter-me junto a ti assim?
Quando tenho a certeza que me iria perder,
Nos teus braços,
Na tua meiguice,
Nesse mundo onde me sinto mulher...
Eu sei... sou cobarde!
Não por te querer,
Mas por ter medo de me entregar a ti...
Isolei-me numa redoma de vidro tão fino,
Que estremece cada vez que te vejo...
Ameaçando quebrar-se a uma palavra tua.
Não sou uma alma livre,
Para que me prendas...
E ainda que o fosse,
Teria coragem para me entregar sem reservas?
Lembra-te... sou cobarde!
Fugi e voltaria a fugir... para não me magoar!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

IMAGINAR




Vezes sem fim me vejo entre os teus braços...
Sinto esse doce calor que me excita os sentidos...
Sinto-o de forma tão real como da primeira vez...
A ansia da descoberta do sabor da tua pele,
O desejo de ter os meus lábios nos teus,
As nossas linguas envolvidas numa dança sensual
Que nos leva á descoberta um do outro...
Os meus dedos aconchegados na tua nuca
Deslisando pelo teu cabelo.
O coração a bater acelerado...
A pele arrepiada com as tuas caricias...
O querer mais...
Mais caricias!
Mais beijos!
Mais pele com pele!
As roupas que se somem como por magia...
Sabes, não me consigo lembrar como fiquei nua nos teus braços.
Mas lembro-me, como se fosse agora, de como me senti...
Ainda o sinto!!
Consigo sentir os teus pêlos nas palmas das minhas mãos
Á medida que deslisam pelo teu peito,
Parando apenas no cinto das tuas calças...
Afasto-me um pouco
Apenas o suficiente para o desapertar...
Como te desejava!!!
Como te desejo!
Desejo sentir-te novamente dentro de mim
Num ritmo calmo no inicio
Que me preenche por completo
Que me faz arquear o corpo
Como se te quisesse devorar por completo...
Como se te pudesse guardar em mim...
Ainda sinto os arrepios
Os musculos a ficarem cada vez mais tensos
A adivinhar o aproximar do climax
Como se escalasse uma montanha
Cada vez mais intensa
Cada vez mais alto....
Para culminar num profundo gemido
Vindo do fundo do meu ser
Acompanhado pelo ritmo alucinante do bater do meu coração...
Cada vez mais rápido
Cada vez mais louco
Os movimentos sem nexo que buscam o prazer
Sinto...
Sim...
Vem...
Agora...

A seguir á tempestade de sensações,
A bonança...
Relaxo, saciada, em teus braços...
Abro lentamente os olhos para a realidade.
Não estás aqui!
Mas ainda te sinto,
Como se fosse a primeira vez.

terça-feira, 7 de abril de 2009

SENSAÇÕES



Quando me fecho em mim,
Com as portadas da consciência bem fechadas,
Deixo as sensações invadirem-me...
A principio, suaves,
Quase imperceptíveis...
Um leve arrepio percorre-me o corpo,
O intumescimento dos mamilos,
O latejar calmo do meu ser...
Imagino mil situações,
Mil cenários,
E só dois personagens:
Eu e tu!
Sinto de forma real as tuas mãos,
Que mais que uma caricia,
Apaziguam e exaltam os meus sentidos.
Os teus lábios queimam a pele que tocam,
fazendo-me gemer de prazer,
De antecipação...
A mão levemente poisada nas minhas costas,
Verga-me a teu gosto,
Para que me tornes tua,
Num unico movimento,
Que me faz arquear,
Me faz gemer e tremer,
Que me faz pedir-te esse vaivém,
Poderoso,
Seguro...
Esse vai-vém que me faz contrair os musculos,
Que me faz atingir um patamar
Em que só penso no prazer,
No meu e no teu...
Nessas tuas mãos que me mantêm presa
E que me fazem voar
Para além do meu ser...
Nesses teus lábios que me fazem promessas que já não oiço...
Nesse teu corpo que faz o meu delirar...
E nesse frenesim de sensações
Perco a noção de espaço e tempo
E fico só a tremer nos teus braços
Entre espasmos de prazer
Deliciando-me com esse momento imaginado
Com as portadas da consciência fechadas
E fechada em mim mesma...