terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ÁS VEZES...

Nem sempre é claro aquilo que sentimos...

A fronteira entre os diversos sentimentos é tão fina, que mais parece inexistente...

O que agora amo, mais logo odiarei...

Ou vice-versa!

O que sentimos balança ao sabor da brisa da desilusão...

Ou do contentamento!

Quero-te agora... ou nunca mais!

Vai-te embora... estou com saudades tuas!

Fica... quando vais?

És um amor... uma autêntica besta!

Fazes-me feliz... levas-me ás lágrimas!

Como posso dizer que sou feliz, se balanço assim tanto?

Como posso acreditar no amor eterno, se tudo muda a cada instante?

Serei eu o problema ou será assim com todas as outras pessoas?

Como seria mais fácil dizer, com sinceridade, o que se pensa...

Não haveria espaço para desilusões...

Porque sem criar ilusões, não as pode haver...

Estou feliz... ou nem por isso!

Depende da brisa...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MONÓLOGO CONTIGO...




- Onde estás?
- Aqui, onde me deixaste!
- Porque estás tão distante?
- Eu?! Não. Fiquei no mesmo sitio, sem me mexer... á tua espera. Tu é que te afastaste!
- Mas voltei... Porque não te aproximas?
- Porque já viajei quilómetros até ti... estou cansada!
- Não queres vir para ao pé de mim? É isso?
- Tenho medo... muito medo!
- Medo de quê?
- De mais mágoas... de reabrir feridas que ainda não estão saradas.
- Não me amas?
- Amo!!
- Mudaste...
- Sim!!! Foste tu quem provocou essa mudança...
- Não sinto o calor do teu amor...
- Porque transformaste o enorme fogo que sentia por ti numa frágil e ténue chama...
- Vem...
- Talvez já esteja a ir... mas tão devagar que, na ilusão da tua percepção, parece que não mexo...
- Porquê?
- Já te disse... tenho medo! Não quero voltar a sentir na pele o calor desse ferro que marca a sangue e fogo o sinal da traição...
- Eu prometo...
- Cala-te!!!!
- Porquê?
- Porque as promessas não são feitas para cumprir, mas para serem quebradas...
- Então que posso eu fazer?
- Aproxima-te de mim... com o tempo, talvez, voltemos a amar...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DESPERTAR




Deixei...

De correr atrás de um sonho

Que não passa de uma quimera...

Deixei...

De procurar desesperadamente a felicidade,

Porque compreendi que ela está aqui bem perto de mim...

Deixei...

De querer o Sol só para mim,

Porque é bom partilhar o seu calor...

Deixei...

De pedir as estrelas,

Pois elas são belas quando brilham no céu...

Deixei...

Não! Não deixei!

Não deixei de sonhar!

Apenas aprendi a separar os sonhos da realidade...