sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"LAMECHICES"

Ui... coisinha mais fofa!!!

MÁGOA


Mais uma vez procuro refugio nas palavras escritas nunca contestadas... Refugio de mim em mim... Preciso...
Páro! Seguro a minha vida nas mãos calejadas de dor, de mentiras, e páro-a... ou tento fugazmente pará-la... e ela teima em escapar-me por entre os dedos com grãos de areia seca pelos ventos.
Porque o faço? Porque hoje magoei alguém... não foi de propósito, mas fi-lo!
Não tinha ou tenho motivo para o fazer... E descobri que o tinha feito por um gesto tão simples. Um singelo fechar de olhos... o brilho ocultou-se e eu vi, de forma tão clara como estas palavras aqui escritas, o quão fundo te feri... Fechaste-me as portas da tua alma... e eu, sem a luz do teu brilho, fiquei sozinha no escuro...
Não é culpa tua! Se a culpa tem de ser atribuida, então será unicamente minha! Porque tudo o que aconteceu foi uma consequência de uma acção minha. Tudo!
Segurei a custo as lágrimas que teimavam em cair... já há algum tempo que não chorava... mas o que tem de ser, tem de ser mesmo... permiti-me chorar (como se eu mandasse em alguma coisa)... chorei e pensei na vida parada pelas minhas mãos...
Pensei tanta coisa... o que já fiz e o que poderei fazer. Tentei até adivinhar o futuro, sabias? Tentei entender o que estou a ser... doce ou veneno? Estarei a fazer bem ou mal? Quantas vezes mais te vou magoar? Quantas pessoas mais vou magoar? Parece que deixo um rasto de destruição por onde passo...
Agora, mais calma, abro as minhas mãos e deixo a vida seguir o curso dela... Abençoada ingenuidade que me permite acreditar que posso parar a vida quando quero... que as coisas poderiam ser diferentes... que eu poderia ser diferente...
Um novo dia começa... com aventuras e desventuras... e outro virá... um dia de cada vez... e eu por aqui vou vivendo...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ATÉ QUANDO DURA UM BEIJO?


Beijei-te!
Não sei se foi neste ou noutro tempo...
Talvez até tenha sido uma fantasia!
E, nesse espaço e tempo, beijaste-me também...
Foram escassos segundos em que o tempo parou...
Uma eternidade de desejo encafuada entre o tique e o taque do relogio...
Bem apertada entre a minha e a tua realidade!
Mas, nesse vacuo temporal, em que termina o tique e começa o taque,
Tanta coisa aconteceu...
Foi como marcar a ferro incandescente da paixão
A rês do nosso querer...
Foi tão fugaz e, ainda assim, tão duradouro...
Esse beijo durou nos meus lábios,
Em forma de sorriso,
Nos minutos em que me conduzia de volta ao meu mundo...
Sei que parte desse sorriso foi contigo,
Enquanto caminhavas de volta ao teu...
Um sorriso que se reabriu vezes sem conta ao longo do dia...
Quando passava a lingua nos meus lábios,
A humedecê-los,
Sentia os teus lábios de veludo,
A tua lingua á procura de resposta da minha...
E... Ei-lo! O sorriso voltou!
O teu beijo ainda dura...
E continuará a durar até adormecer...
E, quando acordar, vou sorrir novamente
Por esse beijo...
Um beijo roubado nas barbas do Tempo,
Entre o tique e o taque do relógio da realidade!