segunda-feira, 16 de maio de 2011

CAMINHANDO


Será possivel tamanho balançar de emoções?!?
Entro quase em depressão... choro baba e ranho... e, depois, parece que floresço com uma intensidade que até a mim me assusta!
Serei bipolar? Ou serei apenas algo inconstante e volátil pronta a explodir nas mãos de um alguém menos hábil na forma de como lidar comigo?
Serei anjo ou diabo? Insensivel... ou sentimentalista?
Tantas perguntas sem resposta... Como explicar a alguém o que sou se nem eu me compreendo a maior parte das vezes?
Mas não fico a remoer no assunto numa espiral sem fim de perguntas sem respostas...
Deixo de pensar e vivo pelas sensações... pelos sentidos!
Percorro este caminho de olhos fechados... Perco-me por entre aromas que me despertam na memória eventos passados e na pele sensações tão fortes como um toque...
Esse toque que me arrepia a pele... como se fosse uma suave brisa fresca depois de um dia de praia... refrescando a pele escaldante. O toque do bater do coração no peito encostado ao meu numa arritmia alucinada... O som que se entranha nos meus ouvidos e que se confunde com o meu...
E, continuando o meu caminho de olhos fechados, esqueço essas perguntas sobre o que ou quem sou... apenas com um sorriso levemente desenhado nos meus lábios.

terça-feira, 3 de maio de 2011

EXORCISMO Á ALMA


De vez em quando tenho de parar... Acalmar os sentidos... E exorcizar os meus fantasmas.
É altura de chorar... De chorar por quem fui... por quem sou... e por quem serei.
Não sou eu que escolho a altura de o fazer. O meu corpo, a minha alma dizem-me quando o devo fazer.
Os sinais são claros. Uma empatia toma-me conta dos sentidos e pareço que me afundo num mar de lodo a que chamo vida...
Tudo se torna negro á minha volta... Coloco em causa o caminho que escolhi tomar... Procuro em vão firmeza debaixo dos pés... A dureza do que é real para me dar força para me impulsionar para cima...
Ando há dias a adiar este exorcismo... Tenho medo... Muito medo...
Não sei se, uma vez iniciado a cataráta de lágrimas que teima em surgir nos meus olhos, consiguirei algum dia parar...
Mas sei que não o posso adiar por muito mais... tenho de chorar!
Tenho de chorar por mim e pela minha vida...
Tenho de chorar pela maior força da Natureza que conheço - a minha MÃE!
Tenho de chorar pelo maior herói que conheço - o meu PAI!
Tenho de chorar pelo... pelo alivio que as lágrimas me trazem.
Porque no meu peito parece não haver mais espaço para tão grande dor como a perda...
Tento não pensar que o fim se aproxima...
Tento não ver como esse fim esgota a força da Natureza... ao limite.
Procuro as forças que me escapam por entre os dedos para apoiar quem já tanta, mas tanta vez me apoiou...
Preciso de chorar...
Preciso da paz que as lágrimas me trazem...
Preciso... não... eu não preciso... mas gostava de ter força para estar sempre ao lado de quem tanto amo.
Sou egoísta. Não os quero perder... Quero-os para sempre comigo... Sempre!!
Há dias assim... Precisamos de chorar! Retomar forças! Respirar fundo entre os soluços... e acalmar!
Deixar o corpo desfalecer de cansaço numa noite de chuva lacrimal e dormir...
Outro dia surgirá e, com a alvorada, renasceremos fortes e prontos para continuar a lutar... prontos para dizer: Amo-te, Pai! Amo-te, Mãe!

Exorcismo completo!
Agora é arregaçar as mangas e ir á luta...
Afinal... quantos são eles?!??