sábado, 25 de abril de 2009

Fugir de ti...




O que nos aconteceu?
Não sabes?
Eu também não sabia...
Desconfiava, mas sem certeza...
Não! Não deixei de te querer!
Ainda te quero!
E muito... mesmo muito!
És o fogo no qual me aqueço,
Mas que me pode queimar...
És o mar que me refresca,
Mas que no qual me posso afogar...
És a selva que me fascina
E na qual me posso perder de vez...
És a chuva que me acaricia,
Mas que pode arrasar com tudo o que tenho...
Por isso, fugi...
Construi novas muralhas á minha volta...
Novos fossos intransponíveis...
Desejo-te e receio-te!
Como poderia manter-me junto a ti assim?
Quando tenho a certeza que me iria perder,
Nos teus braços,
Na tua meiguice,
Nesse mundo onde me sinto mulher...
Eu sei... sou cobarde!
Não por te querer,
Mas por ter medo de me entregar a ti...
Isolei-me numa redoma de vidro tão fino,
Que estremece cada vez que te vejo...
Ameaçando quebrar-se a uma palavra tua.
Não sou uma alma livre,
Para que me prendas...
E ainda que o fosse,
Teria coragem para me entregar sem reservas?
Lembra-te... sou cobarde!
Fugi e voltaria a fugir... para não me magoar!

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