terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MONÓLOGO CONTIGO...




- Onde estás?
- Aqui, onde me deixaste!
- Porque estás tão distante?
- Eu?! Não. Fiquei no mesmo sitio, sem me mexer... á tua espera. Tu é que te afastaste!
- Mas voltei... Porque não te aproximas?
- Porque já viajei quilómetros até ti... estou cansada!
- Não queres vir para ao pé de mim? É isso?
- Tenho medo... muito medo!
- Medo de quê?
- De mais mágoas... de reabrir feridas que ainda não estão saradas.
- Não me amas?
- Amo!!
- Mudaste...
- Sim!!! Foste tu quem provocou essa mudança...
- Não sinto o calor do teu amor...
- Porque transformaste o enorme fogo que sentia por ti numa frágil e ténue chama...
- Vem...
- Talvez já esteja a ir... mas tão devagar que, na ilusão da tua percepção, parece que não mexo...
- Porquê?
- Já te disse... tenho medo! Não quero voltar a sentir na pele o calor desse ferro que marca a sangue e fogo o sinal da traição...
- Eu prometo...
- Cala-te!!!!
- Porquê?
- Porque as promessas não são feitas para cumprir, mas para serem quebradas...
- Então que posso eu fazer?
- Aproxima-te de mim... com o tempo, talvez, voltemos a amar...

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